A Qatar Airways, que conta com contrato de patrocínio de camisa com o Barcelona até junho de 2016 já se mexe para renovar o compromisso. A empresa aérea está disposta a pagar € 60 milhões por ano pela renovação do contrato, o que representa um aumento de 100% em relação aos valores atuais (€ 30 milhões).
A decisão sobre a empresa que estampará seu logo na camisa do clube deve ser tomada apenas pela próxima diretoria do Barcelona, que terá eleições no meio do ano. A divulgação do novo acordo deve ser feita na próxima assembleia diretiva da agremiação, que deve ser em setembro ou outubro.
A avaliação da diretoria do Barcelona é que o valor do acordo atual ficou defasado em relação à realidade do futebol europeu. O mercado de camisas inflacionou após o acerto entre Manchester United e Chevrolet. Pelo acordo, válido a partir desta temporada, o clube inglês receberá £ 350 milhões (cerca de € 67 milhões por ano) em sete anos de parceria com a fabricante de veículos.
Um fator que pende para o fim da parceria é a questão ética. No clube, há críticas pela vinculação da marca Barcelona a uma empresa de um país conhecido por abrigar grupos terroristas jihadistas. Josep Maria Bartolomeu, presidente do Barcelona, chegou a admitir que a questão da imagem do Qatar seria importante para a decisão de renovar ou não com a empresa aérea.
Outros setores no Barcelona acreditam que, caso o clube decida romper o vínculo, esse montante oferecido possa parar nos cofres de algum clube concorrente. O time segue atrás de outra empresa que possa oferecer valores que concorram com a Qatar Airways.
O assunto gera controvérsia entre sócios e seguidores do Barcelona. Em dezembro, o diário El Mundo Deportivo, da Catalunha, fez uma pesquisa entre sócios em que 47,33% era favorável à troca de patrocinador de camisa.