Quatro anos depois, Pacto “relaxa” com exigências ao esporte

Lançado em 2015, na esteira do escândalo que abalou a estrutura da Fifa, o Pacto pelo Esporte tinha como meta unir empresas para exigir do esporte uma gestão mais eficiente. À ocasião, os 20 primeiros signatários do Pacto apresentaram uma lista de dez itens que precisariam fazer parte do dia a dia das entidades esportivas para que, em 2020, elas tivessem o patrocínio dessas marcas.

A poucos meses de ter de colocar em prática tal exigência, as empresas acabaram afrouxando as regras e mudaram as condições para aceitar patrocinar as entidades. Agora, para que em 2020 marcas como GOL, Itaú, Bradesco e AccorHotels possam fazer investimentos no esporte, as entidades precisam se cadastrar e fazer parte do Rating Integra. Lançado no ano passado, trata-se de um sistema que mede o nível de gestão, governança, integridade e transparência das instituições esportivas.

Foto: Máquina do Esporte

No primeiro ano de avaliação do Integra, apenas 26 entidades submeteram-se ao questionário, que não tem caráter punitivo, mas serve como um indicativo de onde é preciso melhorar a gestão. Os cinco mais bem avaliados do Rating foram entidades pequenas: as confederações brasileiras de Vela, Badminton, Desportos na Neve e Tênis de Mesa, além da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE).

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“Temos certeza de que no próximo ano teremos muito mais entidades aderindo. É um esforço de longo prazo para melhorar o esporte no Brasil e para isso é preciso o envolvimento de todos”, afirmou Daniela Castro, diretora executiva do Pacto.

Com o condicionante de manter o patrocínio apenas se for avaliado pelo Rating, as empresas esperam conseguir convencer o esporte a, aos poucos, procurar práticas mais eficientes de gestão para ser um investimento mais seguro às marcas.

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