Racha político na CBF pode “ressuscitar” Rio-São Paulo

Corinthians foi campeão da última edição do Rio-SP em 2002

Criada oficialmente na última quinta-feira (10), a Liga Sul-Minas-Rio deve ganhar um forte opositor para ter o aval da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nas próximas semanas. A entidade cogita ressuscitar o torneio Rio-São Paulo para contra-atacar a “nova” competição.

A informação foi vazada pelo Botafogo. O projeto, segundo a Máquina do Esporte apurou, ainda é embrionário, mas já tem adesão dos clubes cariocas “excluídos” da Sul-Minas-Rio e expõe o racha entre Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, e o vice Delfim Peixoto, um dos líderes do movimento que culminou na criação do campeonato a ser realizado já em 2016, com dez clubes de Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Oficialmente, contudo, CBF e Vasco não confirmam as negociações pela volta do Rio-São Paulo. Além da entidade máxima do futebol brasileiro, as tratativas envolveriam ainda a Rede Globo para a liberação da agenda dos clubes.

Tradicional, o Rio-São Paulo foi realizado pela primeira vez em 1933, teve várias lacunas e voltou à cena no fim da década de 1990. A última edição aconteceu em 2002 e teve o Corinthians como campeão. À época, Del Nero era vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF).

A Sul-Minas-Rio espera pela chancela da CBF para fechar a transmissão com Fox Sport ou SporTV, ambas já interessadas na disputa. Fora as questões políticas, a nova Liga já tenta consolidar possíveis parceiros. O principal deles deverá mudar o nome do torneio; o escolhido Sul-Minas-Rio vai sair em busca de um title sponsor.

A competição terá a princípio dez clubes, dois de cada estado, com partidas às quartas-feiras. O regulamento ainda não foi concluído, mas o torneio deverá usar oito datas entre os campeonatos estaduais. A final deverá acontecer em jogo único, com local pré-estabelecido. O plano é promover uma grande festa na decisão.

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