Como já era esperado e noticiado pela Máquina do Esporte nos últimos dias, a Nike oficializou o cancelamento de seu contrato com o zagueiro do Atlas e da seleção mexicana Rafa Márquez. O atleta de 38 anos foi apoiado pela marca norte-americana durante toda a carreira. E, para piorar, o zagueiro perdeu também, no mesmo dia, seu outro grande patrocinador pessoal, a Gillette.
A retirada de seus dois principais patrocínios são apenas mais um dos grandes problemas que Rafa Márquez vem enfrentando nos últimos dias. Os bens do jogador que estão sob jurisdição dos EUA foram congelados, o atleta perdeu seu visto norte-americano, e todas as empresas dos EUA não podem mais se relacionar com ele.
Isso tudo porque, durante a semana passada, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos divulgou o nome de 22 mexicanos acusados de envolvimento com o tráfico de drogas no país. Todos estariam ligados a um esquema de lavagem de dinheiro chefiado por Raúl Flores Hernández. O nome do zagueiro, que disputou há cerca de um mês e meio a Copa das Confederações pela seleção mexicana, é um deles.
O Atlas, atual clube do jogador, declarou que Rafa Márquez não será relacionado para as partidas do clube até que toda a situação jurídica dele seja resolvida, e ainda aproveitou para desejar sorte ao zagueiro. Já a Federação Mexicana de Futebol afirmou que vai colaborar com as autoridades competentes na tentativa de resolver o caso da maneira mais rápida possível.
Rafa Márquez não é o primeiro atleta a perder o patrocínio da Nike. O boxeador filipino Manny Pacquiao (comentários homofóbicos), a tenista russa Maria Sharapova (doping no Aberto da Austrália de 2016) e o ciclista norte-americano Lance Armstrong (doping ao longo da carreira) também fazem parte dessa lista.