Rali Dacar aguarda para medir crise

A crise financeira internacional não é nenhuma novidade no noticiário mundial. Porém, o Rali Dacar ainda não sabe ao certo os efeitos que a recessão provocará em sua organização. Na última sexta-feira, no lançamento da edição de 2010, responsáveis pela prova revelaram temor e incerteza sobre o momento econômico global. O efeito mais imediato da crise no Rali Dacar foi a retirada da Mitsubishi. Dona de 26 participações, a marca tem 12 títulos entre os carros e sete com as motos. Depois de ter acumulado um prejuízo de US$ 53 milhões (R$ 116,6 milhões) entre abril e dezembro de 2008, contudo, a empresa decidiu cancelar todo o investimento em provas de cross country. ?É verdade que a Mitsubishi abandonou, mas outras equipes continuam e terão muita força. A abertura das inscrições acontecerá apenas daqui a uma semana [15 de maio]. Só então é que vamos sentir como será a dificuldade?, projetou David Castera, diretor esportivo do rali. A primeira medida que a organização tomou para tentar amenizar os efeitos da crise foi uma ampliação no prazo de inscrições. A abertura do processo está marcada para 15 de maio, mas o rali aceitará pedidos de disputa até 15 de julho. Ainda assim, a expectativa é que o número de pilotos caia em comparação com as edições anteriores. O Rali Dacar 2010 será disputado na América do Sul pela segunda vez consecutiva, e o continente impõe custos mais altos do que a antiga disputa dividida entre África e Europa. ?Esperamos um número menor de concorrentes, sim?, confirmou Castera. ?Sabemos que a América do Sul tem uma situação econômica bem diferente do que tínhamos na África, mas temos algumas medidas contra isso. As tarifas de inscrição, por exemplo, têm o mesmo preço há quatro anos?, completou o diretor. Na última edição disputada na África, em 2007, o Rali Dacar teve 505 veículos participantes. Havia representantes de 49 países, com 11 brasileiros ? o país sul-americano é o 11º com mais participações em todo o globo.

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