Rapinoe rouba a cena no tetra dos Estados Unidos

A primeira seleção do mundo tetracampeã mundial do futebol feminino fez da conquista um palanque para exigir mais igualdade no esporte. Tendo à frente a atacante Megan Rapinoe, a seleção dos Estados Unidos virou o símbolo da luta das mulheres por um melhor tratamento dentro do futebol.

Rapinoe foi a grande protagonista fora de campo do torneio. Além de publicamente enfrentar o presidente Donald Trump, afirmando que não irá à Casa Branca celebrar a conquista inédita por não concordar com o posicionamento do mandatário americano em relação à política LGBTQ+, ela foi além nas críticas a como o futebol feminino tem sido tratado com descaso pelos dirigentes da Fifa.

“Não é justo. Se você se importa com o futebol feminino da mesma forma que se importa com o masculino, não deixaria a diferença crescer. Entendo que, por diversos motivos, o futebol masculino está financeiramente mais avançado que o feminino. Mas, se você realmente se importasse, você deixaria essa diferença aumentar? Faria três finais no mesmo dia? Não faria!”, disse a atleta criticando a realização, no domingo, das finais da Copas do Mundo, da América e da Concacaf.

Dentro de campo, Rapinoe foi a artilherira do campeonato e eleita a melhor jogadora. Além disso, tornou-se a mais velha (está com 34 anos) a marcar um gol numa final de Copa do Mundo. Após o jogo, ela reforçou o discurso de igualdade.

“Conseguir casar toda essa luta fora de campo e sustentar essas palavras com performances de excelência, e depois sustentar essas performances com palavras, é algo simplesmente incrível. Sinto que o time está num processo de mudar o mundo a nossa volta enquanto vivemos. É um sentimento incrível, muito especial”, completou.

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