O Atlético de Madrid ganhou o Campeonato Espanhol, desbancou o Barcelona na Liga dos Campeões da Uefa e, neste sábado (24), disputa o título europeu com o Real Madrid. Deixe todo o aspecto do futebol de lado por um instante. Ignore a ótima fase de Diego Costa, os méritos de Diego Simeone ao treinar e montar a equipe espanhola, e foque nas finanças. A realidade é que as chances de o time vermelho e branco repetir a façanha são mínimas.
O Real Madrid fatura cinco vezes o valor do Atlético de Madrid. Em 2012/2013, o time de Cristiano Ronaldo arrecadou € 520,9 milhões, e o de Diego Costa, € 106,6 milhões. O primeiro teve lucro de € 47,7 milhões, e o segundo, de apenas € 2 milhões.
Por parte das despesas, de um lado há um Real que gastou € 246 milhões em 2012/2013 com salários de jogadores, comissão técnica e funcionários, e de outro há um Atlético que conseguiu destinar só € 63,8 milhões para remunerações.
Esses são números que escancaram o abismo financeiro que há entre um rival e outro na final da Liga dos Campeões. Ganhar mais dinheiro, ter mais lucro e poder pagar maiores salários não faz necessariamente com que títulos sejam conquistados. O Barcelona está aí, eliminado antes das semifinais, para provar, e o Atlético de Madrid pode levantar a taça no fim de semana sem surpreender tanta gente. Difícil vai ser levantá-la de novo nos próximos anos.