Real Madrid fica contra Liga BBVA e gera impasse internacional pelos direitos de TV do Espanhol

Depois de anunciar o pacote dos direitos de transmissão internacional do Campeonato Espanhol sem o Barcelona, a Liga BBVA sofre com outro impasse: o Real Madrid, acertado com a Microsoft, se posicionou contra a venda conjunta organizada pela Mediapro e está travando, inclusive, o início do torneio previsto para o dia 5 de agosto.

O contrato entre o clube madrileno e a Microsoft não inclui os direitos audiovisuais, segundo informou a companhia, e não interfere nas negociações. O Real Madrid, contudo, entende que a Liga de Futebol Profissional (LFP) tem feito manobras ilegais na gestão do acordo com a produtora e pode, assim como o seu arquirrival, desertar e fechar com a Telefónica. Celta de Vigo, Espanyol e Real Sociedad também estão acertados com a empresa de telefonia, que chegou a oferecer a € 1,35 bilhões à liga espanhola. A proposta foi recusada pela LFP, causando ainda mais desconforto na relação com o time merengue.

Com o cenário totalmente indefinido na Espanha, a guerra pelos direitos de transmissão do Espanhol no Brasil está travada. Segundo a Máquina do Esporte apurou, apenas ESPN e Esporte Interativo estraram na briga pelo pacote oferecido pela Mediapro na última semana. A Fox, apesar de não comentar as tratativas por aquisições, aguarda a possibilidade de sublicenciar o torneio com o canal vencedor da disputa. O mesmo acontece no SporTV.

Negociar diretamente com a Telefónica, no momento, já é visto pelas emissoras como uma aposta com melhor custo benefício, visto que o aporte seria inferior e daria exclusividade sobre o Barcelona, de Neymar. A condição será potencializada caso a Mediapro perca também o Real Madrid. Oficialmente, ninguém comenta o assunto.

Na semana passada, a ESPN foi a público desmentir a notícia de que teria perdido a disputa para o Esporte Interativo, ressaltando que as negociações continuam em andamento.

Até última temporada, encerrada em abril, o Campeonato Espanhol era dividido entre SKY e ESPN – com prioridade alternada na exibição dos jogos – por cerca de US$ 15 milhões anuais. O torneio era um dos protagonistas da grade do Sports+, que confirmou em junho o encerramento de suas atividades no Brasil. Os valores para a nova rodada de negociações são desconhecidos.

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