Relatório: Quase metade das franquias da NBA perde dinheiro

Foto: Reprodução / Twitter (@nikebasketball)

A NBA é uma das ligas esportivas mais famosas do mundo. Os ginásios estão sempre lotados, os fãs estão espalhados pelo mundo inteiro e dinheiro não é problema. Só que não. Quando o assunto é o lado financeiro, a principal liga de basquete do mundo está com um sério problema.

De acordo com um relatório confidencial feito pelo Comissário Adam Silver e divulgado pela ESPN norte-americana, catorze das trinta franquias da NBA perderam dinheiro durante a última temporada. Quase metade. 

Aqui vale lembrar que o dinheiro compartilhado pelas franquias atualmente engloba as receitas de vendas de ingresso, estacionamento, concessões e acordos locais de transmissão de televisão.

O principal problema é que parte do dinheiro que entra com o lucrativo contrato de televisão da liga é distribuído de acordo com o mercado audiovisual local de cada um, o que beneficia as franquias que se localizam em estados com alta densidade populacional e maior penetração na televisão paga.

Para se ter uma ideia, o relatório revela diferenças gigantescas entre o Los Angeles Lakers, que consegue 148,1 milhões de dólares com seus acordos com a televisão local, e o Memphis Grizzlies, que alcança apenas 9,8 milhões de dólares, um número 15 vezes menor.

Pelo relatório, nove equipes ficaram no vermelho. São elas: Atlanta Hawks, Brooklyn Nets, Cleveland Cavaliers, Detroit Pistons, Memphis Grizzlies, Milwaukee Bucks, Orlando Magic, San Antonio Spurs e Washington Wizards.

Outras cinco franquias só não perderam dinheiro de fato por conta de uma espécie de imposto de luxo pago por algumas equipes, que é distribuído entre as menores. São elas: Charlotte Hornets, Minnesota Timberwolves, Phoenix Suns, Portland Trail Blazers e Sacramento Kings.

Ainda segundo o relatório, o novo contrato de televisão garante 24 bilhões de dólares para a NBA, mas esse valor, alcançado na última temporada, fez com que os jogadores reivindicassem salários mais altos. Dessa forma, em pouco tempo, o limite salarial passou de 60 milhões de dólares para 94 milhões de dólares, o que também ajudou a piorar a situação.

A divulgação das estatísticas forçou uma reunião em que será colocada a possibilidade de uma mudança na distribuição da receita gerada pela liga na tentativa de corrigir o problema. O encontro está marcado para os dias 27 e 28 de setembro e terá a participação de toda a alta cúpula da liga.

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