Renault assina carta de intenção para comprar a Lotus

Endividada, Lotus é financiada pelo petróleo venezuelano

Depois de anunciar sua retirada como fornecedora de motores na Fórmula 1 a partir da próxima temporada, a Renault assinou uma carta de intenções para selar a compra de 65% da Lotus e voltar a ter uma escuderia na principal competição do automobilismo mundial depois de cinco anos.

“Esta operação marca o primeiro passo do projeto de uma escuderia Renault na Fórmula para 2016”, disse a empresa em nota distribuída à imprensa.

Os termos econômicos do acordo não foram divulgados, mas a montadora francesa deverá arcar com a dívida da Lotus, que corresponde a cerca de 64,2% do total de US$ 318 milhões devedores de todas as equipes.

Caso a operação seja concretizada, a Renault seria a segunda montadora a entrar no circuito em menos de uma semana. A Volkswagen está prestes a acertar a compra da Red Bull, outra escuderia que enfrenta problemas com os motores da Renault em 2015.

A Renault foi mantenedora de equipe Renault Elf entre 1977 e 1985. Entre 2002 e 2010 revelou Fernando Alonso e foi bicampeã do mundo com um time que levava apenas a sua marca. No ano seguinte, virou parceira da Lotus, que enfrenta uma debandada de patrocinadores desde o início da temporada: Total, Rexona, Burn e Avanzade deixaram de financiar a escuderia.

A manutenção do time dos pilotos Pastor Maldonado e Romain Grosjean tem como principal investidor o governo venezuelano, por meio da petrolífera PDVSA. A Venezuela é o país de origem de Maldonado.

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