Renault vende 75% das ações na F-1

A Renault confirmou nesta quarta-feira a venda de 75% de suas ações na Fórmula 1 ao grupo Genii Capital, de Luxemburgo. Em coletiva de imprensa realizada em Paris, a montadora francesa informou que, apesar do repasse, seguirá na categoria com o mesmo nome. O grupo de investimentos é liderado pelo empresário Gerard Lopez, um dos primeiros a demonstrar interesse em adquirir parte do time. David Richards, dono da Prodrive e co-proprietário da Aston Martin, também apareceu na lista de possíveis compradores. A montadora francesa registrou prejuízo líquido de 2,7 bilhões de euros no primeiro semestre de 2009 e, por isso, repensa sua permanência na principal categoria do automobilismo mundial, que tem um custo superior a cem milhões de euros anuais. Bicampeã mundial em 2005 e 2006, a Renault perdeu o espanhol Fernando Alonso, sua principal estrela, para a Ferrari. Além disso, a escuderia esteve envolvida em um caso de manipulação de resultados que culminou com a expulsão de seu ex-chefe Flávio Briatore do esporte. O esc”ndalo teve como pivô o brasileiro Nelsinho Piquet, que denunciou uma batida proposital no Grande Prêmio de Cingapura em 2008, arquitetada por Briatore, para favorecer Alonso. Depois disso, a Renault perdeu os patrocínios de ING e Mútua Madrileña. ?Nós acreditamos que o desempenho na pista pode ser compatível com a performance empresarial, e vamos usar todo o nosso espírito empreendedor e conhecimento comercial para isso?, declarou Eric Lux, diretor-executivo do grupo Genii. A decisão da Renault representa a quarta mudança significativa nas montadoras que integram a F-1 no último ano. Em dezembro passado, a Honda se retirou da categoria, seguida pela BMW (em julho) e pela Toyota. A Bridestone, fornecedora de pneus da competição, também anunciou que não renovará seu contrato no ano que vem. ?Juntos, voltamos a visar competir de novo no mais alto nível da Fórmula 1.Vamos mostrar a capacidade da Renault em desenvolver carros de alta performance com consumo eficiente de combustível?, disse Bernard Rey, presidente da equipe Renault.

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