Renovações e fins marcam novo posicionamento do BMG

América-MG renovou por um ano, mas Sport perdeu BMG para 2012

América-MG renovou por um ano, mas Sport perdeu BMG para 2012

O ano de 2012 começa com uma nova filosofia no BMG. Maior investidor do futebol brasileiro inconteste na última temporada, o banco mineiro renovou o aporte ao América-MG por mais um ano, rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro, mas decidiu não manter o patrocínio ao Sport, promovido à primeira divisão no último ano.

“O BMG está com a política de não renovar mais patrocínios, ou pelo menos não por um preço maior do que era anteriormente, e isso não nos interessa”, conta Gustavo Dubeux, presidente da equipe pernambucana, à Máquina do Esporte. Há, segundo ele, dez propostas de empresas distintas para ocupar a cota máster neste ano.

A posição é reiterada por dirigente do América-MG, no qual o patrocínio foi mantido, mas pelo mesmo valor da última temporada – algo que, na condição de estar na Série B em 2012, é positivo. “O BMG também nos disse que não vai renovar vários contratos, por causa de uma política deles”, diz Olímpio Naves, um dos diretores do time.

Essa nova filosofia não significa exatamente que o banco está retirando investimentos do futebol, e sim remanejando os investimentos. O BMG foi procurado pela reportagem para esclarecer a situação e não pôde atender aos pedidos, mas sabe-se que outros clubes da elite brasileira já estão com renovações encaminhadas.

O primeiro sinal de que a instituição poderia alterar os rumos em 2012 veio de entrevista de Julio Casares, vice-presidente de marketing do São Paulo, à rádio “Jovem Pan”. Na ocasião, o cartola tricolor avisou que a empresa não renovaria com o time paulista pois estaria se retirando gradativamente do futebol neste ano.

Um indício contrário à evasão citada pelo são-paulino é a renovação do aporte ao Santos, em novembro de 2011, por um valor superior ao repassado até então. Uma das possíveis explicações está na natureza dos negócios que envolvem BMG e clubes patrocinados. No caso do América-MG, por exemplo, há mais que um aporte.

“No nosso caso, é uma relação especial, não só pelo fato de eles serem de Belo Horizonte, mas por serem parceiros de jogadores das categorias de base”, explica Naves. Danilo, lateral-direito vendido ao Santos na última temporada, é um dos atletas do time mineiro que tem o BMG como dono de parte dos direitos econômicos.

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