O estudo monitorou a publicação na mídia de notícias referentes à Copa do Mundo durante os três primeiros meses de 2014. O resultado é alarmante. Dos 16 veículos e 1.452 artigos analisados, a maioria traz reportagens negativas sobre o torneio. Em alguns casos, 96% de tudo o que é publicado é crítico à Copa do Mundo no país.
De acordo com o levantamento, o índice de impacto é de 51,5%, o que coloca a Copa do Mundo como um produto em crise de imagem para a população brasileira.
Um dos principais responsáveis por isso é, curiosamente, o porta-voz da Fifa, Jérôme Valcke. O secretário geral da entidade é quem mais dominou o noticiário oficial, com 25,3% das aparições. Só que 63% do que ele falou foi negativo. A segunda autoridade com mais presença na mídia foi Dilma Rousseff, presidente da República. Ela apareceu 11,4% das vezes, com 68% de discurso positivo.
Essa má impressão, porém, é muito mais ligada à gestão do evento do que à competição em si. O levantamento mostra que, quando o assunto é a competição, o noticiário é positivo. Nas mídias sociais, o índice é de 81,5%. Já na mídia tradicional, chega a 68,5%.