O imbróglio em que mergulhou o basquete feminino do Brasil não deve ser solucionado na próxima quinta-feira (dia 3 de dezembro), com reunião convocada pela CBB (Confederação Brasileira de Basquete) entre representantes de clubes, federações, COB (Comitê Olímpico do Brasil) e Ministério do Esporte. O encontro está marcado para a Universidade Estádio de Sá, no Rio de Janeiro. É que, na mesma data, haverá encontro do Conselho da LBF (Liga de Basquete Feminino).
Descontentes com a confederação, as seis equipes que disputam a liga anunciaram que não irão ceder jogadoras para o evento-teste da modalidade, a ser disputado em janeiro, no Rio, no mesmo período em que acontece a competição da liga, equivalente ao Campeonato Brasileiro da modalidade.
A proposta de boicote pode deixar a seleção brasileira sem elenco, já que apenas a pivô Erika, que defende o Adana Aski, da Turquia, não disputa a temporada da LBF.
Os times estavam descontentes com o fato de o treinador da seleção feminina, Luiz Augusto Zanon, ter dirigido um time masculino, o São José, na última temporada e pouco ter acompanhado a temporada da LBF. “[O técnico Zanon] Não acompanha absolutamente nada. Na liga do ano passado não houve acompanhamento algum”, afirmou Antonio Carlos Vendramini, treinador do Corinthians/Americana.
Fazem parte do movimento Corinthians/Americana-SP, atual bicampeão brasileiro, Santo André-SP, Presidente Venceslau-SP, América-PE, Maranhão-MA e Sampaio Corrêa-Ma.
Na última quinta-feira, os clubes deram um passo adiante, ao proporem a formação de um colegiado dos times do feminino para definir a comissão técnica e a programação da seleção brasileira, em caráter emergencial, até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016.
“Estamos propondo um trabalho a curto prazo para fazer uma participação digna nos Jogos Olímpicos”, afirmou Vendramini. “Mas é necessário um trabalho a longo prazo, com planejamento de dois ciclos olímpicos. Só aí é que vamos colher frutos”, acrescentou o treinador.