O Rio de Janeiro viveu um dia tenso de violência urbana, daqueles que já estão no cotidiano do brasileiro, mas que assustam os estrangeiros que visitam a cidade. Depois de um início ameno, os Jogos Olímpicos têm que lidar com velhos problemas da metrópole carioca.
O principal fato aconteceu próximo do complexo da Maré, em uma entrada da favela Vila do João, Zona Norte do Rio de Janeiro. Três militares, que faziam parte do grupo que tem reforçado a segurança na cidade, estavam a caminho do Parque Olímpico. Mas, ao tentar acessar a Linha Amarela, eles erraram o caminho.
Na entrada da favela, os três foram baleados e, um deles, atingido na cabeça, está hospitalizado em estado grave. O ataque foi feito por traficantes da região, que estranharam a subida de militares.
Logo após o caso, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, deu entrevista ao Sportv, mas preferiu não se pronunciar sobre o caso. Já o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, prometeu eficiência: “Duas pessoas já foram identificadas e nós vamos atuar para prender essas pessoas rapidamente”.
Infelizmente, esse não foi o único caso que cercou os Jogos Olímpicos. No Centro de Hipismo, na região de Deodoro, um novo projétil foi encontrado, uma bala perdida. Essa foi a segunda vez em poucos dias; no dia 6, outra bala já havia parado no complexo.
Segundo a Polícia Militar, o segundo projétil foi disparado durante a operação na comunidade Minha Deusa para buscar o responsável pelo primeiro tiro dado na região.
Na terça-feira, um ônibus com jornalistas já havia sofrido com a violência. Na Transolímpica, o veículo teve um vidro estourado. Oficialmente, foi uma pedrada. Os profissionais que vivenciaram a situação, por outro lado, dizem ter se tratado de uma bala perdida.