Algumas coisas não mudam no futebol. Apesar do crescente profissionalismo que ronda o esporte, tradições e desejos dos torcedores não deixam de ser protagonista no negócio. Com isso em mente, o São Paulo pediu para seu patrocinador máster, dono de uma propriedade que estava desocupada havia dois anos, para mudar a cor do logotipo. E, dessa vez, foi prontamente atendido.
O problema é que o logotipo da Prevent Senior tem detalhes em verde, cor que, no futebol paulista, remete diretamente ao rival Palmeiras. A empresa, interessada no relacionamento com os torcedores, não teve problema em mudar o uniforme. A nova marca estreou no último fim de semana.
Mas nem sempre foi assim para o São Paulo. No fim da década de 1990, o clube teve o mesmo problema com a marca de molho Círio. Na época, a companhia se recusou a mudar a cor do logotipo.
Essa não é a regra, e alguns dos principais patrocinadores do futebol dão exemplo. A Caixa, que fechou este ano com o Atlético Mineiro, abandonou o azul no logotipo para o time. Na equipe, o logo aparece apenas em branco e laranja. Outro caso é da Banrisul com os gaúchos. Para evitar problemas com os colorados, a marca ignorou o azul e usa o branco tanto com o Grêmio quanto com o Internacional.
No Rio de Janeiro, até cadeira de estádio já causou reclamações de parte da torcida. Alguns botafoguenses não gostaram dos assentos em vermelho, cor do Flamengo, no setor do Engenhão patrocinado pela Brahma.
Na última semana, o São Paulo não foi o único a clamar por mudanças na cor de patrocínios. A Ponte Preta fez o mesmo pedido, mas, nesse caso, a questão foi estética, sem referências a rivais. No anúncio do novo uniforme produzido pela Adidas, o clube comunicou que todos os patrocinadores acordaram em manter os logotipos em preto, deixando a camisa inteira em preto e branco, as cores do clube de Campinas-SP.