A seguradora Mapfre, um dos patrocinadores que a Brawn estreou no último fim de semana, tem origem espanhola. Ainda assim, o carro que conquistou o Mundial de construtores de Fórmula 1 no Grande Prêmio do Brasil é emblemático. Aos 37 anos, o piloto Rubens Barrichello transformou-se no maior responsável por abrir a categoria ao mercado brasileiro. Barrichello fechou um patrocínio pessoal com a Batavo. A marca aproveitou o fato de o piloto ser torcedor do Corinthians ? ele apareceu em cinco etapas da temporada usando a camisa do clube alvinegro ? e acertou contrato com ele para o GP do Brasil. A receita do acordo será destinada a uma entidade social mantida por Rubinho, e a negociação para estender o vínculo à próxima temporada já está em curso. Além de ajudar uma causa social e de fortalecer seu vínculo com o Corinthians, Barrichello conseguiu levar à Fórmula 1 o segundo maior conglomerado empresarial de produção de alimentos frigoríficos do Brasil. A Batavo faz parte do grupo BR Foods, que surgiu após a fusão da Perdigão com a Sadia. Outra marca brasileira que se vinculou ao brasileiro no último domingo foi a cervejaria Petrópolis. A companhia desembolsou US$ 2 milhões (R$ 3,4 milhões) para ser a principal patrocinadora da Brawn no GP do Brasil. Assim como a Batavo, já iniciou conversas para seguir em 2010. Contudo, a chance de permanência é menor do que acontece no caso da marca da BR Foods. A abertura da Fórmula 1 a marcas brasileiras corrobora um discurso nacionalista de Barrichello. Mesmo quando anunciou o acordo com a Batavo, idealizado a partir do vínculo entre o piloto e o Corinthians, Rubinho sempre exaltou sua condição de representante nacional. ?Sempre fui 100% nacional. Por isso, fico muito feliz ao ver que a equipe ganhou um toque brasileiro?, disse Barrichello no sábado, em coletiva promovida para falar sobre o patrocínio da Itaipava à Brawn. A aposta de marcas brasileiras em Barrichello acontece em um momento de baixa da Petrobras na Fórmula 1. Após dez anos de parceria com a Williams, a empresa brasileira fechou na temporada passada com a Honda, que posteriormente deixou a categoria. Com isso, a estatal segue afastada do grid. Sem a Petrobras, Rubinho tem sido o grande artífice de uma renovação das marcas brasileiras vinculadas à Fórmula 1. Sobretudo porque Felipe Massa, piloto da Ferrari, só deve voltar às pistas na próxima temporada. A comunicação de Massa ainda tem sido voltada a marcas com perfil mais internacional. O brasileiro fechou contratos neste ano com a Soccerade, marca de bebidas energéticas cuja sede é na Isl”ndia, e com a Iveco, produtora de caminhões e ônibus que faz parte do grupo Fiat e atua em mais de cem países.
Rubinho amplia mercado para Brasil na F-1
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