“As companhias russas investiram US$ 1 bilhão em patrocínios para os Jogos Olímpicos de inverno de 2014, que serão realizados em Sochi. Imaginem o que acontecerá em um evento como a Copa do Mundo”. A projeção feita por Vitaly Mutko, ministro do Esporte da Rússia, é o melhor resumo do projeto que o país tem para tentar receber o torneio de futebol. A Fifa anunciará nesta quinta-feira as sedes da competição em 2018 e 2022.
Em termos financeiros, o projeto russo é o mais caro. Antes da apresentação desta quinta-feira, o país chegou a falar em um investimento de US$ 500 bilhões para receber a Copa do Mundo.
A previsão russa é fazer um aporte de US$ 3,82 bilhões apenas em obras relacionadas a estádios para a Copa do Mundo. Das 16 arenas que o país pretende usar, apenas três já existem. O curioso é que outras nove iniciaram construção antes mesmo de a Fifa dizer se o país receberá o evento.
“A Copa do Mundo é prioridade absoluta para a Federação Russa. Se vocês nos escolherem, tenho certeza que vocês ficarão orgulhosos pela escolha”, disse Mutko nesta quinta-feira.
Uma das claras demonstrações do quanto a Rússia aposta no potencial financeiro é que o país elegeu Roman Abramovich, bilionário que comprou o Chelsea em 2003, como um de seus embaixadores. O empresário esteve em Zurique nesta quinta-feira para acompanhar a apresentação.
A apresentação russa também foi focada no potencial de mercado que o Leste Europeu possui. “Estamos falando de uma região que concentra 200 milhões de pessoas, mas que nunca recebeu uma Copa do Mundo”, lembrou Igor Shuvalov, representante do primeiro-ministro russo.