O ímpeto de possuir os jogadores mais caros do mundo pode ser motivo de instabilidade no futebol da Inglaterra. Segundo pesquisa realizada pela Deloitte, consultoria financeira, 67% da receita dos clubes ingleses são gastos para cumprir a folha salarial. “A cada 100 milhões de libras que entram na Premier League [primeira divisão inglesa], 67 milhões de libras são usadas para pagar as contas, isso está alto demais”, avalia Dan Jones, editor do estudo anual das finanças no futebol feito pela agência. O Chelsea desponta no topo da lista de maiores pagamentos, com despesas em torno dos 167 milhões de libras anuais. O Manchester City, por sua vez, viu os gastos subirem de 54 milhões de libras para 83 milhões de libras. Na última década, a parcela das receitas que vinha sendo redirecionada à folha salarial esteve entre 58% e 63%. “O resultado é uma margem de lucro muito pequena ou até inexistente, com a diminuição no crédito como consequência”, afirma Jones. Tal indicador é considerado um dos principais fatores que fizeram a Premier League ser ultrapassada pela Bundesliga, a elite alemã, como a liga mais lucrativa da Europa.
Salários desestabilizam futebol inglês
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