No último domingo, os torcedores do Santa Cruz que foram ao estádio do Arruda presenciaram uma novidade no local. Atrás de cada um dos gols, havia um painel de LED que exibia o placar e anunciava os patrocinadores do clube. Trata-se de um teste inicial de uma proposta feita por um grupo de empresas, sem nenhum custo ao clube pernambucano.
A ideia surgiu da união da Travassos Projetos Esportivos, que fará a parte comercial das placas, enquanto a Portal de Produções, a Kato Produções e a LocaShow cuidarão da aquisição e instalação dos painéis.
Com 10 metros por 1,6 metros, o painel lembra as placas eletrônicas usadas em publicidade na linha lateral de campo. Seu diferencial está na alta resolução e na capacidade de ser usada também como caixa de som. No último domingo, em partida válida pela Série D do Campeonato Brasileiro, ela foi utilizada como um placar eletrônico.
A ideia é fazer com que a placa sirva como uma nova propriedade comercial. Os ganhos com as vendas seriam divididos entre as empresas e o clube. Quando o valor obtido chegasse ao valor da placa, o Santa Cruz ficará com a posse do objetivo, que subiria um anel no estádio e se fixaria como placar.
Para a Travassos Projetos Esportivos, no entanto, esse deve ser só o começo do trabalho. A ideia da agência é fechar o estádio com placas, cercando o campo e inda até mesmo para fora do gramado. “Primeiro as placas deixam o estádio mais bonito, com algo que o Santa Cruz não teria condições de arcar. Segundo elas podem passar uma mensagem direta ao torcedor, com vídeos e som”, explicou Sérgio Travassos, dono da agência.
O complemento desse trabalho é estimado em dois anos. Caso o Santa Cruz avance na Série D, as placas já seriam usadas até o fim do ano e, em 2012, já se emendava com o Campeonato Estadual. Quando houvesse um período maior sem partidas no Arruda, os aparelhos podem ser alugados para shows, sendo usadas em sua função original.
O grupo das empresas que fizeram a proposta planeja espalhar a ideia por outros clubes, mas o foco deve ser, pelo menos por ora, o nordeste. A preocupação é que em casos do sudeste o direito de comercialização das placas já está fechado com outras agências.