O modelo já está pronto e até a primeira captação foi feita, mas o Santos ainda não tem data para lançar oficialmente o plano “terceira estrela”. O fundo de investimento para o clube, que pretende oferecer cotas de participação nos direitos de atletas, ainda depende de mudanças no estatuto do clube.
A ideia do Santos é comercializar cotas de investimento. Os investidores, de acordo com a proporção adquirida, receberiam participação em uma cesta de direitos dos atletas do clube. Quando esses jogadores fossem negociados, o lucro seria repartido.
O Santos já conseguiu viabilizar um primeiro aporte R$ 15 milhões. “É um dinheiro que nós pretendemos usar para fazer girar o fluxo de caixa do clube. Estamos falando de algo inovador e muito importante”, disse o presidente do clube paulista, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro.
A diretoria do Santos também pretende usar o aporte inicial para diminuir o passivo do clube e reforçar o elenco. “Mas ainda não temos uma data fechada para tudo isso”, minimizou o mandatário, que esteve no Rio de Janeiro para uma palestra na feira internacional Soccerex.
A criação do fundo de investimentos foi uma das principais premissas da campanha que levou Luis Álvaro à presidência do Santos. Em maio deste ano, o clube deu um primeiro passo importante e lançou a Terceira Estrela Sociedade Anônima, empresa criada para captar recursos para o departamento de futebol.
A partir disso, o estatuto é o principal entrave para o fundo começar a funcionar. Alguns dos pontos que a diretoria pretende mudar são o tempo de mandato (de dois para três anos) e a profissionalização da cúpula alvinegra.
O Santos também depende de aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). “Mas isso não deve ser um problema. Esse tipo de fundo de investimentos em atletas é algo extremamente comum na Europa. Existe um para o Benfica, outro para o Porto e um para o Sporting”, exemplificou o advogado Ivandro Sanchez, do escritório Machado Meyer, que trabalha diretamente ligado ao Santos.