São Paulo adia aporte para limpar camisa

Pela segunda vez na temporada, o São Paulo decidiu ?limpar? sua camisa. Depois de ter rechaçado uma proposta da fabricante de eletrônicos LG para continuar como cotista máster de seu uniforme, o time paulista postergou a previsão de acerto com um novo patrocinador até 2 de março. Tudo para esperar o término do contrato com a IPS, que estampará as mangas das camisas tricolores até o dia anterior. A IPS é, na verdade, uma tecnologia da LG. A marca foi adicionada à camisa do São Paulo no ano passado, como forma de aumentar o que a empresa pagava ao clube. Na época, depois de a diretoria ter propalado intenção de fechar um aporte na casa dos R$ 30 milhões, o contrato com a fabricante de eletrônicos foi renovado com os mesmos patamares do acordo anterior (R$ 16 milhões por temporada), com um acréscimo de R$ 2 milhões pela nova propriedade. A principal justificativa da diretoria tricolor para ter fechado esse acordo foi o cenário de crise financeira internacional vigente naquele período, que fez com que grande parte das empresas se retraísse. Neste ano, a LG chegou a oferecer R$ 24 milhões ao São Paulo ? valor não confirmado pela diretoria tricolor ?, mas o clube preferiu ir ao mercado. Durante essa fase de prospecção, o São Paulo já trabalha com a possibilidade de negociar toda a camisa. O time já vem atuando sem o logotipo da LG desde o fim do contrato com a empresa, no dia 15 de janeiro, e não tem qualquer indício de renovação com a IPS ? o acordo vence no dia 1º de março. ?Estamos mostrando ao mercado a plataforma como um todo. Esperamos fechar até o dia 2 de março, e até lá seguiremos com a camisa em branco?, confirmou o diretor de marketing do time paulista, Adalberto Baptista. Além da possibilidade de levar mais uma propriedade ao mercado, a decisão do São Paulo baseia-se em design e planejamento financeiro. Um dos motivos para o clube evitar colocar outra marca na camisa enquanto tiver a IPS é evitar um confronto de valores na camisa. Desde a época em que o espaço das mangas era sublocado para a rede de lojas Fast Shop, o clube sempre preconizou uma adequação de valores das empresas que patrocinam seu uniforme. Outro ponto decisivo é o peso do patrocínio. Parcerias recentes e o desenvolvimento do setor comercial do Morumbi reduziram a import”ncia dessa receita no planejamento financeiro do São Paulo para a temporada, e isso deu mais autonomia para o clube esperar por uma proposta que atinja o patamar desejado. Apesar de não dizer abertamente, a diretoria voltou a trabalhar com a faixa de R$ 30 milhões para a camisa.

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