O São Paulo aprovou um novo estatuto que tem como principal objetivo tornar a gestão do clube mais profissional. O texto foi aprovado pelo Conselho Deliberativo do clube e passará a valer a partir da próxima presidência. Burocraticamente, as novas medidas precisam apenas passar pela Assembleia Geral dos Associados.
Na questão administrativa, haverá uma mudança no modo como o São Paulo é gerido. Para comandar a parte profissional da entidade, haverá um Conselho de Administração, formado por nove pessoas. Três delas poderão ser renumerados, sem vínculo político com o clube. O restante do grupo terá indicados dos conselhos do clube, além do presidente e do vice-presidente.
O Conselho de Administração ficará acima de outro grupo formado pelo novo estatuto, a Diretoria Executiva. Serão entre três e nove profissionais renumerados que assumirão as principais pastas do São Paulo. O plano é que sejam executivos do mercado, contratados para se dedicarem integralmente ao clube paulista.
Diretores não renumerados, como acontece hoje, serão permitidos apenas para atividades sociais e esportes amadores. Ou seja, áreas como futebol, marketing e financeiro terão que ser inteiramente profissionalizadas.
Até o presidente do clube poderá ser renumerado, caso esse abra mão de sua profissão e se dedique ao clube em tempo integral. O salário terá que ser aprovado pelo Conselho de Administração e não poderá passar de 70% do teto do funcionalismo público federal.
O São Paulo ainda definiu medidas políticas, como o fim da reeleição para presidente, além de adotar um estudo para incluir o sócio-torcedor no processo político.