O São Paulo, em parceria com a Passaporte FC, abrirá o Morumbi para torcedores que estiverem dispostos a pagar, no mínimo, R$ 1.490. A ação inclui uma partida de 30 minutos no estádio, com toda a experiência que passa um jogador profissional, como o uso do vestiário e uniforme oficial.
No pacote mais caro, de R$ 4.880, o torcedor tem direito de jogar a partida com o ídolo Rogério Ceni, que atuará pelos dois times que entrarem em campo; o goleiro fará um revezamento com o ex-atacante Aloisio Chulapa.
Ainda que a ação levante uma verba considerável ao clube, o principal objetivo da diretoria do São Paulo é outro. O que o marketing pretende é mostrar o quão bem-sucedida pode ser uma ação de relacionamento envolvendo o clube e os jogadores.
Dessa maneira, quando o São Paulo negociar com uma empresa, uma ativação já estará bem desenvolvida. “O evento é um test-drive para o que nós queremos atingir com uma campanha de marketing. Com ela realizada, a ação existe, não é só um plano que revelaríamos”, disse à Máquina do Esporte Douglas Schwartzmann, vice-presidente de comunicação e marketing do São Paulo.
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A ideia, porém, não é vender para uma empresa o evento avulso, mas sim usá-lo como plataforma de ativação para eventuais patrocinadores. A questão é financeira: se uma empresa entra apenas para o jogo, ela pagará uma cota consideravelmente menor do que um patrocinador que ficará um ano inteiro com o clube.
A partida, portanto, entra no projeto do São Paulo de ter variados parceiros sem exposição na camisa. “Quem depender de exposição, terá muitos problemas”, sentencia Schwartzmann.
Com foco em relacionamento e redes sociais, o São Paulo apresentou dois novos parceiros, com acordos milionários. Gatorade e a companhia aérea panamenha Copa Airlines. Dinheiro em caixa e o novo uniforme, já com a Under Armour como fabricante, permanece “limpo”.