São Paulo fecha acordo com empresário acusado de discriminação religiosa

* Atualizada às 19h30.

 

 

O São Paulo apresentou na última quarta-feira (04) uma parceria com a empresa Busca Serviços Digitais, que estará exclusivamente no site do time paulista e dará a possibilidade de o torcedor fazer busca por produtos diversos. O sistema dará uma porcentagem ao time. O problema da nova parceria é o a procedência da empresa: o sócio majoritário está sendo processado por discriminação religiosa.

O executivo em questão é o advogado Renan Lemos Villela, dono do Grupo Villela. No Rio Grande do Sul, funcionários da empresa, especializada em consultoria em legislações, alegam que eram obrigados a participar de cultos religiosos.

No início deste ano, a juíza Luísa Rumi Steinbruch, da 15ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, determinou que o Grupo Villela parasse com a prática. Dessa maneira, ficou proibida a leitura da bíblia no ambiente de trabalho da empresa, assim como exigiu a não obrigatoriedade de funcionários participarem de cultos religiosos.

Caso descumpra a medida, Villela teria que pagar R$ 10 mil para cada novo caso de discriminação. O Grupo Villela tem 200 funcionários.

Em comunicação oficial, o São Paulo chegou a afirmar que o sistema de busca implantado em seu site oficial poderá render até R$ 120 milhões com participação de venda. “O dinheiro arrecadado será utilizado para investimentos no clube e no futebol”, comentou o presidente do clube, Carlos Miguel Aidar.

Aidar, inclusive, foi quem levou a proposta de parceria para avaliação dentro do clube. 

Procuradas pela reportagem, o São Paulo enviou uma declaração oficial: “O São Paulo Futebol Clube informa que a negociação do contrato anunciado hoje com a Busca Serviços Digitais Ltda correu absolutamente dentro da legalidade e da normalidade, não tendo o clube conhecimento de qualquer fato que desabone a empresa.”

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