Seleção brasileira em campo em estádios novos e modernos, ainda que em partida contra rivais pouco tradicionais. Os amistosos da seleção brasileira poderiam ser idênticos em Porto Alegre e em São Paulo, mas há um fator que fará uma enorme diferença no público de ambos os eventos: o preço da entrada.
A disparidade da precificação dos dois jogos é tanta que ela aproximou o ingresso mais caro de Porto Alegre ao mais barato de São Paulo. Na capital gaúcha, a partida contra a Honduras será disputada no estádio Beira-Rio, com tíquetes que variam de R$ 120 a R$ 210.
Já na capital paulista, a situação é diferente. Quem quiser assistir à partida entre Brasil e México, no Allianz Parque, terá que pagar, no mínimo, R$ 180. Caso o torcedor queira uma visão mais privilegiada, no centro do gramado, terá que pagar R$ 600 para ver o jogo.
Só há uma grande vantagem na partida do Allianz Parque: ele acontecerá em uma tarde de domingo, e não em uma quarta-feira à noite, caso do jogo no Beira-Rio. Ainda assim, essa distinção dificilmente é feita no futebol brasileiro em geral.
Vale a lembrança que os preços em São Paulo são mais altos do que os cobrados para a primeira fase da Copa do Mundo, quando os tíquetes variaram de R$ 60 a R$ 350. E teve torcedor que pagou R$ 165 para assistir à grande decisão do Mundial entre Alemanha e Argentina.
Para quebrar esse tíquete alto, os setores mais distantes tiveram tíquetes “promocionais”, que foram vendidos a R$ 100. Assim como as entradas mais baratas, eles já foram esgotados. No Beira-Rio, por outro lado, ainda há ingressos mesmo nos setores mais populares.
Aparentemente, as diferenças se justificam.