Em meio ao escândalo de corrupção que assola a entidade e já levou à prisão um ex-presidente, a CBF perdeu um patrocinador. Em junho, a P&G comunicou à entidade que não continuaria com o patrocínio de US$ 5 milões ao ano com a CBF.
A decisão foi tomada em meio a uma série de mudanças dentro da companhia e, também, na época em que estourou o escândalo que levou José Maria Marin à prisão e colocou Marco Polo Del Nero no centro da crise, que culminou com sua licença da presidência da entidade na última quinta-feira.
Em julho, a P&G passou por mudanças no departamento de marketing, com a saída de Gabriela Onofre da diretoria após dois anos no cargo e 17 dentro da empresa. A empresa também já vinha mudando o perfil de investimento no esporte.
Em agosto de 2014, após a Copa do Mundo, a Gillette deixou de patrocinar o tour de amistosos da seleção brasileira, propriedade que passou a ser da Chevrolet. Segundo o jornal “Folha de São Paulo”, a crise na CBF impulsionou a P&G a encerrar o acordo, mas a empresa não comentou os motivos para o fim do contrato.
Patrocinadora da CBF desde 2009, a Gillette havia entrado na entidade em meio a uma grande concorrência com a Bozzano, que na época era patrocinadora do Corinthians e do atacante Ronal- do. Seis anos depois, as marcas deixaram o aporte no futebol.
Com a saída da Gillette, a CBF conta agora com 12 patrocinadores. O único a entrar após os escândalos de corrupção foi a Ultrafarma, que fechou um contrato de 30 anos com a entidade.
Mesmo assim, a CBF deve ter um aumento no faturamento com patrocínios em 2015. Como tem 7 dos 12 contratos firmados em moeda estrangeira, a entidade acaba lucrando com a alta do dólar. O maior contrato é o da Nike, de US$ 35,5 milhões por ano.