Sem apoio, base preocupa o São Bernardo

Mais de duas semanas após o Santander ter anunciado que deixaria o vôlei, o Brasil Vôlei Clube, de São Bernardo, ainda não encontrou um novo parceiro para sua equipe. No entanto, essa situação não preocupa o time principal para esta temporada. O único setor que busca um aporte com urgência é a base. O contrato entre Brasil Vôlei Clube e Santander será mantido até o término da temporada 2009/2010, em junho do ano que vem. Parceira da equipe há 25 anos, a instituição financeira anunciou em agosto que o vínculo não seria renovado porque seus investimentos se concentrarão no futebol e na Fórmula 1. Decidido a deixar o Brasil Vôlei Clube, o Santander decidiu esconder sua marca nesta temporada a fim de diminuir o vínculo com a equipe e deixá-la livre para negociar com outras empresas. Essa decisão mudará o uniforme do time, que trocará o vermelho do banco pelas cores da cidade. Um dia depois de o banco ter comunicado a decisão, a diretoria do Brasil Vôlei Clube e a prefeitura de São Bernardo apresentaram um projeto de aumentar suas categorias de base. A ideia era aproveitar a estrutura atual da equipe, que conta com times nas categorias infanto-juvenil e juvenil, e adicionar garotos do infantil. A aposta era usar essa ampliação da base e o uniforme limpo como argumentos para atrair empresas. Todavia, o aporte não chegou até o momento. A diretoria do clube tem conversas em andamento, mas nada definitivo. ?O planejamento para o time profissional não vai ser comprometido por isso, mas a base vive uma situação mais urgente. Sempre fazemos peneiras após o término das aulas, mas isso só vai ser possível se encontrarmos um patrocinador?, disse José Montanaro Júnior, gerente do Brasil Vôlei Clube. A diferença no grau de necessidade entre profissionais e base, porém, não muda a ideia da equipe. Desde que o Santander saiu, a diretoria tem priorizado negociações que atendam a todo o projeto. ?Queremos crescer e até ampliar as ações, não parar?, concluiu Montanaro.

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