Sem cobrar entradas, Pinheiros rejeita lucro

Com média de 161 torcedores, clube não pretende ampliar receitas - Crédito João Pires / Pinheiros

Com média de 161 torcedores, clube não pretende ampliar receitas – Crédito João Pires / Pinheiros

Em quadra, duas das equipes mais tradicionais do basquete brasileiro. A vitória do Pinheiros/Sky sobre o Amil/Paulistano, por 111 a 88, contribuiu para que o primeiro conquistasse a liderança do Novo Basquete Brasil (NBB), principal torneio da modalidade no país. O público? 200 pessoas, sem expectativa de crescer.

Sediado na zona sul de São Paulo, o clube distribui ingressos gratuitamente para quem estiver interessado em assistir à equipe, mas amarga média de público de aproximadamente 161 pessoas, enquanto times como Itabom/Bauru cobram pela entrada, têm média de 517 torcedores por jogo e renda de R$ 30 mil no campeonato.

“Nós fazemos esporte para tentar equilibrar as contas, não para dar lucro”, argumenta Fernando Rossi, diretor de esportes coletivos do Pinheiros, à Máquina do Esporte. “Nós não visamos lucro, pelo menos momentaneamente, e também temos de considerar que, com exceção ao futebol, nenhum esporte dá retorno financeiro”.

O dirigente, entretanto, acredita que a média de público do clube é bastante superior a 161 pessoas. Ao contrário do que está registrado em documentos fornecidos pela Liga Nacional de Basquete (LNB), Rossi garante que há, no mínimo, entre 500 e 600 pessoas em cada partida do Pinheiros. “Ainda estamos na nota seis”, aponta.

De qualquer maneira, a verba obtida com o patrocínio da Sky, segundo o diretor, é suficiente para sanar as despesas geradas por equipe, comissão técnica e assessores contratados pelo Pinheiros. Com distribuição de brindes durante partidas e presença de DJ para animar a torcida, o líder do NBB aguarda o público de braços abertos.

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