Sem estádio, dérbi paulista perde R$ 1,8 mi em renda

Palmeiras e Corinthians se perfilam antes de jogo no Pacaembu

Desde o Campeonato Brasileiro de 2014, Corinthians e Palmeiras se acostumaram a jogar em arenas confortáveis para torcedores e rentáveis para os clubes. No domingo, pela primeira vez em mais de um ano, o dérbi paulista aconteceu fora da Arena Corinthians e do Allianz Parque. O resultado foi uma bilheteria completamente destoante.

Considerando os últimos cinco clássicos que aconteceram nas novas arenas, a renda média dos jogos ficou em R$ 2,4 milhões. No domingo, 22 mil pessoas estiveram presentes no Pacaembu, o que gerou uma bilheteria bruta de R$ 644 mil para Palmeiras, longe do padrão visto no Allianz Parque em grandes jogos.

Para o Palmeiras, isso não significa necessariamente um grande tombo. Pelo acordo com a WTorre, que gere o estádio, há uma compensação cada vez que o time tem que jogar em outro estádio para que haja um evento no Allianz Parque. Além disso, o clube tem participação no faturamento desse evento. Nesse caso, um show da banda britânica Coldplay.

Ainda assim, o número é significativo do quanto que uma grande arena pode gerar a um clube somente com bilheteria.

Em 2014, o Palmeiras mandou o último clássico até então no Pacaembu. Na época, 24 mil pessoas geraram um pouco mais de R$ 500 mil de renda. O dérbi seguinte já aconteceu no Allianz, quando 28 mil pessoas geraram R$ 2,6 milhões.

Até o momento, o ápice de bilheteria aconteceu no único jogo decisivo entre as duas equipes em uma das novas estruturas. Na semifinal do Campeonato Paulista de 2015, quase 40 mil pagantes estiveram presentes na arena em Itaquera. A bilheteria ultrapassou a barreira dos R$ 3 milhões.

Não por acaso, os dois clubes lideram com folga a média de público no atual Campeonato Paulista, com 29,8 mil para o Corinthians e 18,6 mil para o Palmeiras. Com as novas arenas, jogo vazio virou artigo inexistente para ambos.  

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