Sem Neymar, Barcelona terá desafio com mercado brasileiro

O Barcelona não terá mais Neymar, maior astro do futebol nacional, e o problema do time não deverá ser apenas dentro de campo. Nos últimos anos, o mercado brasileiro ganhou importância dentro do clube catalão. Não por acaso, a relação com o país foi exaltada recentemente pela comunicação da equipe.

“A relação entre Barça e Brasil extrapola as fronteiras do terreno esportivo” e “relação de intercâmbio e amizade entre Barça e Brasil” foram algumas das expressões usadas pelo time para falar dos brasileiros em abril deste ano. O Barcelona também exaltou o fato de ter um site oficial em português desde 2013.

A preocupação do Barcelona não é por acaso. O time, de fato, tem ligação com o país, graças a atletas como Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e, mais recentemente, Neymar. Assim, mesmo em uma região diferente da Ásia e dos Estados Unidos, onde a cultura do futebol é menos estabelecida, o mercado brasileiro se tornou atrativo à agremiação espanhola.

Uma demonstração dessa força foi realizada nesta semana, com a parceria do time com a Centauro; apenas Corinthians e Flamengo vendem mais produtos licenciados que o Barcelona na rede brasileira de varejo esportivo.

E a companhia não é a única parceira comercial. Em 2015, a Tenys Pé Baruel se tornou a primeira empresa nacional a patrocinar o Barcelona, com um contrato regional impulsionado pela presença de Neymar. Um ano antes, a Procter & Gamble havia fechado um acordo para a América Latina, com o uso da marca Gillette. Mais uma vez, o Brasil era o principal alvo.

Com o Brasil em alta, o Barcelona se acostumou a ser protagonista no país que possui uma das dez maiores economias do mundo. Na transmissão da Liga dos Campeões, que passou a ter a transmissão da Globo no fim da última década, o time espanhol costuma ter a preferência graças às costumeiras altas na audiência.

Em 2016, o Instituto Paraná Pesquisas entrevistou 4 mil pessoas em 210 cidades do Brasil para saber qual time estrangeiro o brasileiro torcia. O Barcelona ficou em primeiro com mais do dobro das respostas do segundo lugar, o rival Real Madrid. 

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