Sem patrocínio, Fiba América promove Copa Intercontinental de basquete em São Paulo

Guerrinha, técnico do Bauru, entrega camisa comemorativa do título mundial de 1979, a Claudio Mortari, treinador do Sírio naquele torneio

Sem patrocinador algum, a Fiba América promove em 25 e 27 de setembro mais uma edição da Copa Intercontinental em São Paulo, entre o Bauru/Paschoalotto, campeão da Liga das Américas, e o Real Madrid, vencedor da Euroliga.

“Temos que trazer a equipe toda [Real Madrid] em passagens VIP por causa da altura. Hotel cinco estrelas. O gasto é realmente grande”, afirmou Alberto Garcia, secretário-geral da Fiba América, entidade que comanda o basquete no continente.

Segundo o dirigente, os gastos no ano passado, quando o Flamengo derrotou o Maccabi Tel Aviv, foram de cerca de US$ 700 mil. “Seguimos fazendo, apesar das perdas com o investimento. Em algum momento esperamos ter patrocínio para seguir adiante economicamente”, afirmou o argentino.

No ano passado, houve ajuda do poder público no pagamento das despesas. Neste ano, não há essa fonte de receitas. Para bancar parte dos custos, há o dinheiro da TV e a arrecadação com ingressos.

“A TV [SportTV] paga algo. Não é muito, mas paga. A televisão internacional também paga. Na Europa ainda não há muito interesse. Por enquanto somente a Espanha irá passar”, contou o dirigente.

Os jogos serão disputados no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Apesar de campeão da América, o Bauru não tinha condições de abrigar o evento. O ginásio Panela de Pressão, onde o clube manda seus jogos, conta com apenas 2.000 lugares.

“Vamos trazer torcedores de Bauru para apoiar o time e também esperamos ter público da capital apoiando o time. Afinal, o Bauru será o Brasil”, afirmou Vitor Jacob, gestor do Bauru.

Para o ano que vem, a Fiba América já fez um projeto para ser apresentado ao poder público. Caso algum convênio seja fechado, ainda seria necessário que um time brasileiro conquistasse o título da Liga das Américas. “Mas só o Brasil que ganha. O dia que isso não acontecer, vamos fazer na Argentina, no México, na Venezuela”, afirma Garcia.

Uma coisa, porém, não deve mudar nos contratos entre Fiba América e Euroliga: a sede da competição será mantida em terras americanas. Ano a ano o contrato é discutido. “Eles preferem jogar fora da Europa e nós queremos promover o torneio no nosso continente”, conta Garcia.

Segunda principal liga de basquete do mundo, a Euroliga tem interesse em internacionalizar sua marca e promover seus campeões fora do velho continente. Já para a Fiba América, é interessante trazer um time badalado da Europa para atuar em seu território. 

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