Sem principal estrela Falcão, futsal tenta manter força

Há uma semana, chegou ao fim a Era Falcão na seleção brasileira de futsal. Nas duas últimas décadas, o jogador se consolidou como um dos grandes astros do esporte brasileiro e ajudou a Confederação Brasileira da categoria (CBFS) a obter novos patrocínios. Agora, a entidade terá que ir ao mercado sem o apelo do atleta dentro das quadras.

As duas agências que trabalham com a CBFS na busca de aporte, a Sportplus e a TFW Marketing Esportivo, irão nos próximos dias apresentar ao mercado as propriedades comerciais da entidade para o ano. Mesmo sem Falcão, há otimismo pela força criada pelo esporte e pelo próprio jogador nos últimos anos.

Foto: Reprodução

“Hoje, a modalidade está forte, consolidada. A cada ‘desafio’ lançado com a seleção, há ótima audiência da televisão e cerca de 15 patrocinadores que abraçam o evento. O Falcão é importante, mas a modalidade é maior do que ele”, destacou o diretor da Sportplus, Marcelo Venâncio, em conversa com a Máquina do Esporte.

Ainda assim, recentemente, a própria agência recorreu a Falcão para conseguir novos aportes. Em 2017, o jogador fez uma parceria com a CBFS para ser embaixador das marcas que apostassem no esporte. A estratégia rendeu diretamente a chegada de três marcas à entidade: Magnus, I9Life e Implante Rio. Os contratos tinham validade de um ano, e agora haverá a conversa para a renovação.

“Ainda não sentamos para negociar, para falar de valores. Mas pelo que eu andei sondando no mercado, há uma boa recepção”, reforçou o executivo. Hoje, a Sportplus e a TFW apostam que, mesmo sem Falcão, os valores serão mantidos.

O agora ex-jogador da seleção, no entanto, não está descartado em futuras negociações. Ainda não há nada fechado com o atleta, mas as agências trabalham com a possibilidade de nova parceria, com a participação de Falcão nos próximos contratos, mesmo que sua presença seja mais discreta.

No último ano, a CBFS e as agências tiveram que reunir esforços para mudar a imagem da entidade, que sofreu com crises financeiras na última década e chegou até a perder o controle do esporte profissional para a CBF.

À época, Falcão chegou a se aposentar do time nacional. O jogador retornou no meio de 2017, justamente quando o time nacional voltou a ficar com a CBFS. Naquele momento, as duas agências foram incorporadas ao projeto, com o objetivo de dar maior transparência à gestão do esporte e conseguir mais patrocínios.

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