Sem replay da TV, jogo trava e juiz dá vexame

Uma decisão tomada pelo SporTV na transmissão de Internacional x Santos expôs ao ridículo a arbitragem da partida e deixou claro que os árbitros utilizam o recurso da televisão para tomar decisões em lances duvidosos.

Foto: Reprodução

A emissora do Grupo Globo decidiu não mostrar o replay do lance em que o Inter havia feito um gol enquanto o árbitro Ricardo Marques Ribeiro não tomasse a decisão junto de seus auxiliares dentro do campo. Sem a imagem da televisão, o sexteto que conduzia a arbitragem levou cerca de sete minutos para tomar a decisão de anular o gol, alegando impedimento do atacante Leandro Damião.

A indecisão do sexteto de arbitragem deixou claro que, apesar de negarem veementemente que utilizam imagens da TV para tomar a decisão, os árbitros precisam do recurso do vídeo para auxiliá-los em alguns lances da partida.

“Gostaria de parabenizar a equipe que participou da transmissão do jogo por não mostrar o replay enquanto a arbitragem não tomasse uma decisão. Peço desculpas ao telespectador que teve de ficar esperando, mas precisávamos deixar claro que não temos participação na tomada de decisão. Os seis ficaram esperando a televisão mostrar, e a televisão não mostrou. E eles pagaram um dos piores micos da história da arbitragem do futebol mundial”, disse o narrador Galvão Bueno durante o programa “Bem, Amigos”, que foi apresentado logo após a partida.

A atitude de Ricardo Marques Ribeiro revoltou o Internacional, que empatou o jogo em 2 a 2 e ficou mais distante do Palmeiras na briga pelo título. Na saída para os vestiários do estádio Beira-Rio, dirigentes do Inter e o árbitro discutiram de forma ríspida, segundo vídeos divulgados nas redes sociais. Depois, na entrevista coletiva para a imprensa, o treinador Odair Hellman foi mais ponderado.

“Futebol é um jogo de erro. Não pode um árbitro levar sete minutos para tomar uma decisão, se tivesse tomado ela certa ou errada. O Inter foi a favor do VAR. Os árbitros precisam de ajuda, mas precisam ter humildade também. Todo final de jogo falam conosco e pedem para darmos moral. Não pode ficar sete minutos esperando decisão externa”, disse Hellman, que faz no Inter a estreia no profissional.

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Nos dois últimos anos, os clubes decidiram que não arcariam com os custos de implementação da arbitragem de vídeo nas partidas do Brasileirão. Algumas equipes foram favoráveis ao VAR, mas não houve unanimidade. A geração das imagens dos jogos segue sendo apenas da emissora de TV, e não de propriedade da CBF.

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