Sem Santos, Ganso iguala e se opõe a Neymar

Dupla seguiu caminhos diferentes nos negócios

Dupla seguiu caminhos diferentes nos negócios

Quando Paulo Henrique Ganso e Neymar surgiram no ataque do Santos, muito se falou que a dupla repetiria o sucesso feito por pares anteriores, como Diego e Robinho ou Coutinho e Pelé. A sintonia demonstrada por ambos dentro de campo, entretanto, não foi repetida nos negócios, em especial no que diz respeito a parceiros pessoais.

Ganso, recentemente, acertou acordo com a Samsung. A empresa de eletrônicos se une a Nike, Gatorade, Gillette e Pepsi. Com exceção à fabricante de materiais esportivos norte-americana, com quem o negócio é válido até 2022, todas têm contrato até o fim de 2014. Neymar, por sua vez, optou por fechar com concorrentes.

Com o intermédio do Santos, o atacante conseguiu patrocínios de Nike, Panasonic, Red Bull, Nextel e IG. Embora a quantidade de patrocinadores seja equivalente, o estafe de Neymar garante que a verba recebida por meio dessas parcerias é superior à obtida por Ganso. Os valores, no entanto, não são revelados.

A principal responsável pela divergência entre as escolhas tomadas pela dupla, ainda em 2010, foi a recusa de Ganso ao plano de marketing proposto pelo Santos. Anteriormente, Neymar já havia aceitado oferta do clube, na qual cedeu parte dos direitos de imagem em troca de captação de parceiros pessoais e reajuste salarial.

“Eles ofereceram psicóloga, media training, uma série de coisas que o Ganso já tem há pelo menos três anos”, explica Thiago Ferro, diretor do DIS, empresa ligada ao grupo Sondas, responsável pelo gerenciamento da carreira do meia. Desde então, ambas as partes negociam renovação de contrato simples para o atleta.

Ganso está insatisfeito com o salário recebido do Santos, inferior aos de Neymar e Elano, principais jogadores do elenco. O meia, porém, tem contrato até o fim de 2015, protegido por alta multa rescisória para clubes do exterior. Por enquanto, a saída provável é estendê-lo por mais um ano, até 2016, e equiparar a quantia paga.

Após especulações de que o atleta poderia deixar o Santos e partir para o rival Corinthians, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, presidente do clube, decidiu participar mais ativamente das conversas. “Demos os primeiros passos, mas não temos pressa”, revela Ferro à Máquina do Esporte. O plano de marketing, porém, já foi descartado.

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