“Linsanity”. Assim os americanos batizaram a febre que toma conta do New York Knicks, principal time da maior cidade do país. E, realmente, em todos os cantos de Nova York há referências a Jeremy Lin, o armador de 23 anos que virou celebridade-instant”nea na NBA.
O frenesi em torno do garoto, filho de taiwaneses e formado na tradicional universidade de Harvard, fez com que os Knicks voltassem a registrar uma taxa de ocupação de 100% de seus jogos no Madison Square Garden.
A média de público do Knicks, que já realizou 17 partidas em seu ginásio, é de 19.763 torcedores por jogo, número que só havia sido alcançado pela última vez na temporada 2001/2002, marcada por dois fatos trágicos. Naquele ano a equipe não conseguiu uma vaga nos playoffs após 15 temporadas e Nova York foi assombrada pelos atentados que destruíram o World Trade Center.
Desde então, os Knicks sempre estiveram próximos dos 100% de ocupação dos assentos do Madison Square Garden, mas nunca conseguiram durante os 41 jogos da temporada regular. Agora, com Lin transformado em celebridade e grande novidade da liga num ano em que os times tradicionais não têm emplacado, o cenário tornou-se outro.
No domingo, já não havia mais ingressos disponíveis para os dois confrontos do Knicks no MSG desta semana. No mercado paralelo, ainda há tíquetes para a partida desta quarta-feira, contra o Atlanta Hawks, mas geralmente vendidos com ágio de, pelo menos 50% do preço original. Mesmo assim, são menos de 500 ingressos à disposição para compra.
O interesse se explica também pela promoção que é feita pelas ruas de Nova York e na própria mídia em torno de Lin. No Madison Square Garden, as referências a ele são praticamente nulas. Como todo o material de divulgação dos Knicks é preparado no início da temporada, Lin simplesmente não aparece nos arredores do ginásio. Mas, na loja oficial, a camisa 17 é a mais exposta e procurada pelos torcedores.
A curiosa história de Lin, que se formou em Harvard e tem origem taiwanesa, virou prato feito também para a mídia. Na última terça-feira, já cerca de duas semanas após o início da “Linsanity”, o tradicional jornal “The New York Times” fez uma reportagem de meia página sobre os amigos de inf”ncia e ex-treinadores que foram assistir ao jogo do Knicks contra os Nets (derrota por 100-82 após uma série de sete vitórias), ocorrido na segunda.
* O repórter viaja a convite da Nike