Maria Sharapova entrou em quadra na quinta-feira (27) para o segundo jogo desde seu retorno da suspensão por uso de Meldonium. Pelo WTA de Stuttgart, na Alemanha, garantiu a vaga às quartas de final do torneio, com alguma facilidade. Em forma, a tenista russa mostra força para voltar a ser o fenômeno que foi dentro das quadras e, principalmente, fora delas.
Entre 2004 e 2015, ninguém foi páreo para Sharapova. Por mais de uma década, a tenista liderou o ranking da Forbes entre as atletas mais bem pagas do mundo. Ao longo de sua carreira, acumulou fortuna que chega a US$ 300 milhões, e apenas 10% dessa quantia foi oriunda de seu talento em quadra, em premiações esportivas.
Em 2016, após o anúncio de doping, sua trajetória mudou. Afastada das quadras, perdeu patrocinadores, caso da TAG Heuer. No ranking da Forbes, viu ser ultrapassada por sua maior rival em quadra. Serena Williams faturou US$ 28,9 milhões, com US$ 20 milhões com parceiros comerciais.
Neste ano, por outro lado, Sharapova poderá ser novamente soberana no mundo dos negócios que envolvem o tênis. Dessa vez, será Serena Williams que se afastará; a atleta está grávida. Como a russa ganhou quase US$ 20 milhões em patrocínio em 2016, mesmo sem entrar em quadra, em 2017 ela deverá voltar ao antigo status de mais bem paga do mundo.
A volta de Sharapova, no entanto, não deverá ficar livre de polêmicas. Já nesta semana, a canadense Eugenie Bouchard, outra musa das quadras, foi dura nas palavras contra sua colega: “Ela é uma trapaceira e eu acho que ela não deveria ser liberada para jogar qualquer esporte novamente. Isso é injusto com todos os outros jogadores que vão pelo caminho certo”.
A italiana Roberta Vinci, derrotada por Sharapova em Stuttgart, criticou os convites feitos à russa. Sem pontuação no ranking, a tenista foi convidada a participar do WTA na Alemanha e deverá estar presente nos torneios de Roma e de Madri.
Talvez por essa badalação garantida, seus principais patrocinadores foram tão hesitantes após o anúncio de doping, no início de 2016. Nike, Head e Evian superaram a possibilidade de arranhões na imagem e sustentaram o aporte à russa. A Porsche é o melhor exemplo entre seus parceiros: esperou a redução de pena para se decidir pela manutenção da parceria. Agora, após 15 meses, a marcas poderão lucrar com Sharapova novamente.