Sindicatos protestam contra Nissan, patrocinadora do Rio-2016

Folder da Nissan ativando o patrocínio ao Rio-2016

Está marcado para esta quinta-feira um protesto de 200 sindicalistas em frente à sede do Comitê Organizador dos Jogos do Rio-2016, na Cidade Nova, na região central do Rio de Janeiro. Na manifestação, as lideranças sindicais do país irão entregar uma carta com denúncias contra a Nissan, uma das patrocinadoras do evento.

A manifestação tem o apoio da UAW, entidade sindical norte-americana que representa os trabalhadores do setor automobilístico, e a IndustriALL Global Union, entidade global que representa 50 milhões de trabalhadores em 140 países.

Segundo os sindicatos, a empresa japonesa fere o código de ética dos patrocinadores dos Jogos do Rio-2016 ao não respeitar os direitos dos trabalhadores. Em uma de suas fábricas nos Estados Unidos, os operários são proibidos de se sindicalizar. Por conta disso, não possuem acordo coletivo de trabalho. Com isso, a Nissan deixaria de cumprir o Código Básico da Iniciativa Ética Comercial, que é parte do Guia da Cadeia de Suprimentos Sustentável dos Jogos Olímpicos.

 

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Procurada através de sua assessoria de imprensa, a montadora japonesa prometeu soltar uma nota oficial com seu posicionamento. No entanto, tal comunicado não saiu até o final da noite de quarta-feira.

Protestos contra patrocinadores olímpicos têm sido comuns nas últimas edições dos Jogos. Em Londres-2012, os principais alvos foram Dow Chemical, acusada de ser responsável legal por tragédia ambiental na Índia, British Petroleum, protagonista de vazamento de óleo no Golfo do México em 2010, e Rio Tinto, mineradora criticada por sua atuação em países como Indonésia e Papua Nova Guiné. 

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