Situação do mexicano Rafa Márquez com tesouro dos EUA complica Fifa

A situação do zagueiro Rafa Márquez com o tesouro dos EUA está criando uma situação das mais complicadas para a Fifa. O jogador não pode aparecer em imagens que contenham os patrocinadores americanos da entidade, o que, na prática, significa que o jogador só pode dar entrevista, por exemplo, sem nenhuma marca presente.

Foto: Reprodução

Rafa Márquez está na chamada “lista negra” do Departamento do Tesouro dos EUA. Ele é acusado de ajudar Raúl Flores Hernández, que é suspeito de liderar uma organização de tráfico de drogas no México. O zagueiro não foi acusado de nenhum crime propriamente dito, mas tem seu nome na lista desde agosto do ano passado e teve seus ativos financeiros congelados.

Pelas regras do Tesouro americano, qualquer indivíduo, banco ou empresa americana não pode ser associada à imagem de Márquez. E o problema é que quatro dos patrocinadores da Fifa ou da Copa são americanos: Budweiser, Coca-Cola, McDonald’s e Visa. O jogador não pode dar uma entrevista com o backdrop com os patrocinadores atrás, por exemplo, ou ter uma foto sua durante o jogo com uma dessas marcas aparecendo de fundo nas placas de publicidade.

Além disso, caso dê entrevista coletiva de alguma forma, o jogador não pode contar com um tradutor americano. O profissional tem que ser de outra nacionalidade. Outro fato é que, se Márquez, por um acaso, for considerado o melhor em campo em uma partida mexicana, não poderá ganhar o prêmio, que é patrocinado pela Budweiser.

“Levamos a sério as ações do Departamento do Tesouro dos EUA e estruturamos nossas operações na Copa do Mundo para não violar as leis de sanções dos EUA”, afirmou a Fifa, em um comunicado oficial.

A situação já é complicada para a seleção mexicana desde que Márquez foi confirmado na pré-lista de 35 jogadores feita pelo técnico Juan Carlos Osorio. Desde então, Márquez é o único a treinar o tempo todo sem nenhuma marca no uniforme. O jogador ainda teve que ganhar uma garrafa própria que não tenha a marca da Powerade, da Coca-Cola, e já teve que viajar separado do grupo todo para não entrar em um avião de uma marca americana.

Por seu lado, Rafa Márquez nega qualquer vínculo com Raúl Flores Hernández e o tráfico de drogas. Os advogados do jogador continuam discutindo o assunto com as autoridades americanas.

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