Sob acusações de plágio, Rio 2016 lança marca

Imagem foi apresentada ao público nas últimas horas de 2010

Imagem foi apresentada ao público nas últimas horas de 2010

A chegada de 2011 representou para os Jogos Olímpicos de 2016, cinco anos antes de seu acontecimento, o lançamento da logomarca oficial. Durante a virada, a cidade do Rio de Janeiro conheceu o trabalho desenvolvido pela agência Tátil Design, acusada de plágio devido a semelhanças com a marca da Telluride Foundation.

“Pessoas se abraçando e dançando é algo universal”, defendeu-se o sócio e diretor de criação da Tátil Design, Fred Gelli, que disse já esperar por comparações entre a logomarca das Olimpíadas do Rio de Janeiro e outros desenhos. “De alguma forma, o movimento das pessoas dançando está no inconsciente coletivo”.

Outra teoria, especulada principalmente em redes sociais, é a de que a imagem a ser utilizada para ilustrar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro é inspirada no quadro “A Dança”, do pintor francês Henri Matisse, morto em novembro de 1954. O artista estrangeiro usou pessoas nuas, dançando de mãos dadas, para ilustrar a obra.

“Ela traduz com inspiração o espírito olímpico e seus atletas, o Rio e os cariocas, sua natureza, sentimentos e aspirações”, explicou o Comitê Organizador por meio de nota oficial. “Sabe que são as pessoas que tornam o Rio de Janeiro uma cidade única e fazem dos Jogos Olímpicos um acontecimento realmente grandioso”.

O processo de escolha da marca durou nove meses e envolveu 139 agência de publicidade, todas brasileiras. A comissão julgadora, composta por 12 pessoas, selecionou oito agências finalistas – quatro do Rio de Janeiro, duas de São Paulo e duas de Curitiba. A Tátil Design, no mercado há 20 anos, com 105 funcionários, foi a vencedora.

O desenho foi mantido em sigilo até as últimas horas de 2010, guardado em sala a portas fechadas, com acesso permitido apenas a 11 pessoas. Elas tiveram de assinar termo de confidencialidade, tinham de usar as próprias digitais para visitar a sala e foram impedidas de acessar a internet ou portar c”meras dentro do local.

“Foi um segredo inacreditavelmente guardado a sete chaves por 400 pessoas”, resumiu o presidente do Comitê Organizador e do Comitê Olímpico Brasileiro (COI), Carlos Arthur Nuzman, durante a virada do ano no Rio. “É uma noite de alegria para todos nós, com dois milhões de pessoas como testemunhas do logo olímpico de 2016”.

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