Os problemas vivenciados durante a abertura do Parque Olímpico causam um estresse absolutamente desnecessário no torcedor. Em poucas horas no local, houve uma sucessão de entraves que simplesmente não poderiam existir: falta de comida, filas intermináveis e falta de instrução básica dos voluntários, que erraram informações simples, como a indicação para a linha 4 do metrô.
Entre conversas com jornalistas, há um consenso: em todos os Jogos Olímpicos esses tipos de problemas são encontrados. Mas o fato só torna as falhas piores. Se elas são previsíveis e esperadas, por que não as evitar antes de milhares de pessoas entrarem no maior evento esportivo do mundo?
Os problemas vistos reduzem muito a experiência do torcedor. A falta de comida, por exemplo, fará com ele diminua sua permanência no local. E, com o sol carioca e a dificuldade de acesso a um copo de água, é fácil alguém passar mal com a situação.
O Rio 2016, e os outros Jogos Olímpicos com os mesmos entraves nos primeiros dias, tem uma grande sorte: estar presente no Parque é uma tremenda emoção mesmo para os menos fanáticos por esporte.
Assisti disputas da esgrima, uma modalidade com que tenho pouca familiaridade. Em poucos minutos, todos são especialistas. A cada avanço da brasileira Nathalie Moellhausen, há uma empolgação nova no ar. A experiência é fantástica.
E o Rio 2016 também tem um enorme mérito nisso: a Arena Carioca 3 mantinha ótima iluminação, trilha sonora e um narrador para lá de simpático. No fim, você quase esquece da fome. Quase.