A cidade de São Paulo deve ter quatro estádios para a prática do futebol amador. O projeto está orçado em R$ 40 milhões, dinheiro que sairá dos cofres públicos e pode ser incluído no orçamento da cidade para 2010. A construção é uma grande aposta de Walter Feldman, secretário municipal de Esporte, Lazer e Recreação. A proposta é que os espaços funcionem como centro para a formação esportiva de crianças e adolescentes e que abriguem jogos dos times de futebol amador da capital paulista. ?Estamos formulando um projeto integrado de emendas entre deputados federais, estaduais e vereadores. Cada bancada entrará com R$ 10 milhões, e nós colocaremos a mesma quantia. Esperamos que isso seja aprovado ainda em 2009 para ser incluído no orçamento de 2010?, contou o secretário. Depois que o orçamento for aprovado, os locais de construção serão definidos. Está certo que os quatro estádios serão espalhados nas quatro regiões da cidade, preferencialmente próximos da periferia, e a Secretaria já iniciou uma pesquisa por espaços. ?Hoje em dia, a maior demanda que nós temos é para estádios assim. Vamos fazer algo com vestiários, arquibancadas e toda a estrutura necessária, de acordo com sugestões da Federação Paulista de Futebol, mas com um tamanho adequado à necessidade do futebol amador?, projetou Feldman. O projeto dos estádios para o futebol amador surgiu na esteira do debate sobre o futuro do Pacaembu. O secretário é um dos defensores da concessão do estádio municipal ao Corinthians, mas identificou nas conversas com a população sobre o tema uma necessidade de incrementar os aparatos públicos para a prática do futebol. ?Se eu for fazer uma decisão de campeonato amador hoje, não tenho para onde correr. Ou uso o Pacaembu, ou nada. A situação não pode ser assim. São Paulo é uma cidade muito grande, e nós precisamos criar alternativas que fiquem mais diluídas?, finalizou. Na próxima semana, uma comissão criada pela C”mara Municipal entregará um relatório feito nos últimos meses sobre as implicações de o Pacaembu ser repassado à iniciativa privada e o impacto social do tema. Presidido por Antônio Goulart (PMDB), o grupo é formado por 11 vereadores, nove deles corintianos (Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol do São Paulo, também é integrante). Sem revelar abertamente seu voto sobre o futuro do estádio, Goulart demonstrou-se amplamente favorável à cessão do Pacaembu para a iniciativa privada. Atualmente, a prefeitura tem um gasto anual de R$ 3 milhões com a manutenção do espaço. Se a subcomissão tiver maioria favorável à cessão do estádio, o projeto precisará de aval do prefeito Gilberto Kassab. Depois disso, passará por nova votação na C”mara para a abertura de uma licitação em que apenas clubes de futebol poderão participar.
SP fará estádios para o futebol amador
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