O momento do Sport não é dos melhores. Após a derrota para o Vitória, no último fim de semana, o técnico Hélio dos Anjos foi demitido. Um mês antes, a diretoria do clube viu a equipe perder o campeonato estadual para o Santa Cruz. Ainda assim, o marketing do clube tem o que comemorar: as vendas da nova camisa foram altas, o que coroa o trabalho do departamento.
A vibração da diretoria de marketing do Sport se deve a dois motivos. Além de conseguir uma boa venda na camisa, os dirigentes enxergam como um sinal de maturidade do departamento o fato de conseguir chegar ao torcedor independentemente do momento vivido pela equipe.
Nos números, são 20 mil camisas vendidas em menos de um mês. Dos artigos comercializados, mais de 10 mil são dos novos modelos, em amarelo, que será a camisa II da equipe no restante do ano. Neste caso, a vestimenta está no comércio há menos de 15 dias e, para jogo, ela ainda nem foi aprovada pelo conselho deliberativo do clube.
Como os uniformes do Sport são, tradicionalmente, vermelho ou branco, qualquer cor que saia do padrão tem que ser aprovada pelo conselho para que a equipe possa usá-la em campo. Esse foi o caso, por exemplo, da camisa dourada usada na Copa Santander Libertadores em 2009, que teve o aval dos dirigentes sem maiores problemas.
Segundo o diretor de marketing do Sport, Sid Vasconcelos, a alta venda é fruto de um trabalho mais longo. “Nós sabemos o perfil do torcedor do clube, e fazemos o marketing ligado com essa identidade. Compreendemos o que é o torcedor do Sport e estamos sempre fazendo ações para nos aproximar”, afirmou.
Para o dirigente, a fidelidade da torcida do Sport tem que ser usada com ativações que a aproxime sempre do clube. O lançamento da camisa nova, por exemplo, foi feito em uma cerimônia em que os torcedores poderiam participar, pagando uma quantia de R$ 250,00. Foram 600 pacotes vendidos.
Outro fator creditado para a venda crescente de camisa do clube tem pouca relação com o trabalho realizado pela diretoria. “O poder aquisitivo de nossa região tem crescido, as pessoas têm comprado mais, gastado mais”, finaliza Vasconcelos.