SPR oferece R$ 55 mi para operar lojas do Flamengo

Proposta da SPR ao Flamengo ainda depende de aval da Olympikus

Proposta da SPR ao Flamengo ainda depende de aval da Olympikus

A rede de franquias do Flamengo está próxima de sair do projeto. A SPR Franquias, operadora das lojas de Corinthians, São Paulo e Vasco, saiu na frente na concorrência com Meltex e Braziline, com proposta de R$ 55 milhões por 12 anos, o maior contrato dessa espécie a ser firmado na América Latina por times de futebol.

O valor é proporcional ao potencial de venda de produtos licenciados, ou seja, está diretamente ligado ao tamanho da torcida. A título de comparação, o Palmeiras fechou com a Meltex por R$ 20 milhões em setembro do ano passado, mas o negócio emperrou porque a Adidas ainda não o aprovou.

No Flamengo, haverá processo similar. Para que as lojas sejam de fato construídas, a Olympikus, atual fornecedora de materiais esportivos, terá de avalizar a SPR como responsável pela função. Embora a gestora de franquias já esteja praticamente definida, a parceira ainda reluta em aceitá-la na administração das lojas.

“Procuraram o conselho fiscal sobre essa matéria, e nós nos antecipamos ao avisar a presidência de que é melhor ouvir a Olympikus”, aponta Leonardo Ribeiro, presidente do conselho fiscal flamenguista. O aval do órgão interno também é necessário. “Não vou dar o consentimento se a Olympikus não concordar”.

O departamento de marketing é mais ameno e diz que a abertura das lojas está em “processo de conversa”. “A Olympikus tem de estar envolvida, porque parte das lojas dela farão parte dessa rede, e essa é a conversa”, explica Henrique Brandão, vice-presidente de marketing, à Máquina do Esporte.

As franquias a serem geridas pela SPR, na verdade, encerram um drama criado pela fornecedora de materiais esportivos. Embora tenha prometido abrir dez lojas durante a assinatura do contrato, no fim de maio de 2008, apenas uma unidade foi efetivamente inaugurada, na sede do Flamengo no Rio de Janeiro, em novembro de 2009.

As negociações para que SPR, Meltex ou Braziline assumam a tarefa que não foi cumprida pela Olympikus já acontecem desde outubro do ano passado. À época, o Flamengo concordou em não cobrar mais a parceira pelo cumprimento do contrato, a abertura das nove lojas que estão pendentes, em troca do aval dela.

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