Times do exterior invadem mídias sociais no Brasil

Um vídeo em que um jogador do Orlando Magic tenta traduzir para o inglês gírias do basquete brasileiro marcou a estreia da franquia da NBA nas redes sociais em português. O Magic foi o primeiro time da liga americana de basquete a lançar um perfil exclusivo para o Brasil. E não deverá ser o único.

Nos últimos anos, o Brasil tem se tornado foco das principais entidades esportivas mundiais. E a expansão começa pela criação de perfis em português, com conteúdo gerado dentro do próprio país, para ganhar mercado e negócios por aqui.

O Orlando é o primeiro cliente no basquete da Samba Agency, agência de origem francesa que tem atuação há alguns anos no Brasil, com escritório em São Paulo e uma lista de clientes que passa por PSG, Liverpool, Tottenham, Napoli, Ligue 1, Bundesliga e Roland Garros, entre outros. Em comum, essas entidades têm visto no Brasil uma oportunidade de geração de negócios a partir do digital.

Foto: Reprodução / Twitter (br_orlandomagic)

“Há um contexto favorável para a internacionalização das marcas dessas entidades. Elas precisam de uma exposição bastante ampla e de uma estratégia para cada mercado. Fechamos contratos no Brasil e também em outros países”, contou Frédéric Fausser, CEO da Samba Agency, em entrevista à Máquina do Esporte.

O crescimento para novos mercados via marketing digital tem permeado a estratégia das grandes entidades esportivas mundiais. Recentemente, o Facebook organizou um evento com seus principais parceiros no futebol europeu exatamente para mostrar oportunidades e o comportamento do público em outras regiões.

“O Brasil é um mercado muito competitivo. Existem marcas esportivas muito grandes localmente. Nossa expertise é digital. Não buscamos patrocínio, não fazemos eventos. Nosso foco é internacionalizar a marca digitalmente”, explicou Fausser.

Na última semana, a Juventus também anunciou o lançamento de seus perfis em português. O foco do trabalho com a Vecchia Signora passa, também, pela geração de receita a partir do digital. Atualmente, como quem transmite os jogos da Serie A italiana é o DAZN, que ainda está em fase de expansão no mercado brasileiro, os clubes têm auxiliado a empresa a gerar assinantes.

“É uma mudança muito grande que tem acontecido. Os clubes viraram afiliados das plataformas. Eles também podem fazer receita com a transmissão. Estive semana passada no Leaders in Football, em Londres, e o evento trouxe uma discussão de como o streaming pode mudar a geração de receitas do esporte”, finalizou Fausser.

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