O Brasil está longe de ser o país da Copa, pelo menos quando nos referimos a jogadores que jogam nos gramados do país e que estarão no Mundial da África do Sul. Os casos são de exceção: Robinho, do Santos, Kleberson, do Flamengo, e Gilberto, do Cruzeiro, estão entre os jogadores de Dunga. ?El Loco? Abreu, do Botafogo, jogará pelo Uruguai. Fierro, do Flamengo, irá à África do Sul pelo Chile. Com os jogadores fora, os quatro clubes que têm esse privilégio. Não é prática comum o uso do marketing esportivo brasileiro aproveitar jogadores que vão à Copa. Na verdade, quando um jogador sai, existe mais uma expectativa pela venda do atleta do que pelo retorno da sua imagem. Em 2002, última vez que a seleção brasileira teve nomes nacionais mais significativos em sua convocação ? em 2006 foram apenas três ? o que se viu foi a saída quase imediata dos principais nomes de destaque, caso de Kléberson do Atlético Paranaense e Gilberto Silva do Atlético-MG. Em 2010, o caso mais emblemático é o de Robinho. Ele será titular e é uma das estrelas do time de Dunga. Um jogador de time brasileiro não tem esse status desde 1986, quando Careca, do São Paulo, Casagrande, do Corinthians, e Zico, do Flamengo, foram candidatos a craque do Mundial. Mas como o Santos pode usar isso a seu favor? Para Amir Somoggi, diretor da área de esportes da Crowe Horwath RCS, o clube deveria utilizar o jogador como embaixador: ?Globalizar uma marca exige tempo e eficiência, mas também criatividade. Jogadores como o Robinho são ícones mesmo fora do clube?. Já para Fábio Wolff, executivo da Wolff Sports & Marketing, a chance dos clubes usarem os jogadores convocados é no pós-Copa. Ele cita como exemplo o centroavante botafoguense Abreu: ?Se o Uruguai for bem com o Abreu, ele pode usar isso para divulgar a sua marca. Pode tentar, assim, um melhor contrato de patrocínio, de licenciamentos de produtos. Durante a Copa é pouco provável tirar proveito disso?. As dificuldades dessas ações não são negadas. E há também quem pondere negativamente a possibilidade. É o caso do especialista em indústria de futebol Oliver Seitz: ?Não acho que seja possível [aproveitar o jogador convocado]. Talvez algo para a própria torcida, mas é mais uma ação política do que de mercado. Mercadologicamente o ganho é quase nulo?. Seitz acredita que um jogador que faça campanha bem sucedida na Copa possa ser usado como um ícone da administração do clube, mas não propriamente como fator determinante para o marketing. O que poucos discordam é que um possível uso de imagem de um jogador na Copa depende do seu desempenho. Neste ano, o Santos poderá ver a sua principal estrela decidindo uma final de Copa do Mundo. Resta agora saber se isso será apenas um fato casual para a diretoria do clube.
Times podem explorar jogadores na Copa
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