Repartida entre dois países em 2002, quando Coreia do Sul e Japão realizaram o evento, a Copa do Mundo de futebol pode ser realizada novamente em dois locais diferentes. A Fifa escolherá no dia 2 de dezembro as sedes da competição em 2018 e 2022, e há projetos de Bélgica e Holanda e Espanha e Portugal entre os postulantes. A principal diferença entre eles é o formato da divisão.
Na candidatura de Bélgica e Holanda, toda a divisão é igualitária. Os dois países entrarão com montantes similares no projeto e terão um número parecido de partidas realizadas.
A situação é bem diferente do projeto ibérico. A Espanha terá 43 ou 44 dos 64 jogos da Copa do Mundo e concentrará 16 das 18 cidades escolhidas para o evento – as exceções são Lisboa e Cidade do Porto.
A participação maior da Espanha também se reflete no investimento. Dos 500 milhões de euros que o projeto estima gastar, 70% devem sair de cofres espanhóis. Portugal deve colocar apenas 150 milhões de euros na preparação para o evento.
A comparação mais simples é com o aporte feito por Portugal para receber a Eurocopa em 2004. A preparação para aquela competição fez com que o país gastasse 665 milhões de euros.
Ainda que o projeto priorize jogos na Espanha, a participação de Portugal é vista como fundamental do ponto de vista político.