A Superliga feminina de vôlei foi lançada na terça-feira, em São Paulo, mas Jacqueline, uma das titulares da seleção brasileira, permanece sem clube. A principal possibilidade da jogadora, por ora, é receber uma proposta do Pinheiros, clube em que tem treinado para não perder a forma física.
“Estamos atrás de um novo parceiro para conseguir bancar o salário da Jacqueline. Caso a gente consiga, iremos conversar com ela”, contou Antonio Bernardino, gerente de vôlei do Pinheiros.
Segundo o dirigente, já houve conversas com a jogadora. E, caso a atleta aceite disputar a Superliga dentro da realidade salarial do clube, poderá ser integrada ao elenco.
“Se não arrumarmos um novo patrocinador e ela aceitar uma redução salarial, tenho certeza de que meu presidente fará esforços para contar com a Jacqueline no time”, afirmou Bernardino.
A ponteira, bicampeã olímpica (2008 e 2012), integrou a equipe nacional na recente conquista da medalha de bronze no Mundial da Itália. Sem clube, a ponteira optou por ficar no Brasil por causa do filho, Arthur, de dez meses, que teve com o também ponta da seleção brasileira, Murilo, do Sesi.
Para Radamés Lattari, diretor da Superliga, o desemprego de Jaqueline não se deve ao sistema de ranqueamento, que teoricamente impede a formação de supertimes. Cada time só pode ter duas jogadores que valem 7 pontos, a pontuação da jogadora.
“O único clube que já tem duas jogadores de 7 pontos é o Osasco. Todos os outros clubes têm uma vaga. Aí é uma questão de acordo entre o desejo do clube e o da jogadora. É uma coisa que não compete à CBV”, afirmou o dirigente.