Em 2014, ao completar 20 anos, o Toronto Raptors lançou uma campanha para tentar mudar a imagem da equipe de basquete que era coadjuvante na NBA. Um vídeo de um minuto trazia imagens icônicas do Canadá com pessoas jogando basquete. Ao final, vinha a bandeira com os dizeres “We The North”. A ideia era mostrar que o canadense jogando basquete era um “forasteiro”.
Na noite desta quinta-feira (13), os Raptors ergueram, pela primeira vez, a taça Larry O’Brien. Ao longo desta temporada, os dizeres “We The North” ganharam o mundo e, principalmente, conseguiram, cinco anos após serem lançados, conquistar o público canadense, que se engajou como nunca para acompanhar a sua equipe.
Foto: Reprodução
A conquista inédita da NBA coroou após cinco anos o trabalho de reconstrução de marca do Raptors. “North”, que é como o Canadá é conhecido, passou a ser a bandeira levantada pela franquia para atrair o interesse do torcedor e dos atletas.
As imagens dos torcedores aglomerados do lado de fora da Scotiabank Arena acompanhando a vitória sobre o Golden State Warriors mostraram que a ideia deu certo. O canadense passou a ver no Raptors sua própria identidade este ano.
Prova disso é a audiência da TV. O jogo 5, que poderia ter dado o título à equipe de Toronto, foi a partida de basquete com a maior audiência na história do Canadá, atraindo 4,3 milhões de pessoas. Só para se ter uma ideia, no ano passado, “apenas” 900 mil torcedores assistiram ao duelo final entre Golden State Warriors e Cleveland Cavaliers.
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“Nós não apenas mudamos a marca do Raptors, mas do basquete do Canadá. Como fazer uma nação do hóquei se apaixonar pelo basquete? Buscamos algo que os unisse”, disse Tom Koukodimos, da Sid Lee Toronto, agência que foi responsável pela campanha.