Tóquio quer aproveitar experiência do Rio 2016 e defende Jogos sustentáveis

Yuriko Koike com o prefeito do Rio, Eduardo Paes

Depois de receber a bandeira olímpica na cerimônia de encerramento dos Jogos do Rio, Tóquio 2020 terá alguns desafios para cumprir metas estabelecidas pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) e, ao mesmo tempo, manter o grau de excelência da Olimpíada exigido por atletas, TVs, patrocinadores e público. E diz que tem muito a aprender com o Rio 2016.

“Aqui houve muitas instalações temporárias, o que é uma boa referência para nós fazermos em Tóquio. Também acreditamos que os custos têm que ser reduzidos”, afirmou Toshiro Muto, CEO de Tóquio 2020, em entrevista coletiva durante os Jogos do Rio.

Nesse sentido, o COI lançou a Agenda 2020, uma carta de intenções que busca conter o gigantismo dos Jogos Olímpicos. Por trás do documento está a tentativa de fazer com que a elite do mundo esportivo volte a se interessar em organizar uma edição dos Jogos.

“Tóquio 2020 será a primeira Olimpíada a colocar em prática as reformas propostas pela Agenda 2020. Iremos nos guiar por três premissas fundamentais: sustentabilidade, credibilidade e juventude”, disse Muto, que não vê contradição entre a busca de Jogos mais baratos e a introdução de cinco novas modalidades em 2020.

“Ficamos encantados com a decisão histórica do COI de aprovar a nossa proposta de eventos adicionais. Acreditamos firmemente que os cinco novos esportes (beisebol/softbol, ​​caratê, skate, escalada e surfe) vão ajudar a conectar os Jogos com uma nova geração em todo o mundo e também aumentar o entusiasmo e o interesse entre as pessoas de todas as idades”, afirmou o dirigente.

Yuriko Koike, governadora de Tóquio, destacou a sustentabilidade como uma premissa essencial para a próxima Olimpíada.

“Fui ministra do Meio Ambiente e, para mim, os Jogos Olímpicos têm que ser baseados em três erres: redução de desperdício, reuso e reciclagem. Vi esse conceito sendo aplicado aqui no Rio de Janeiro, com os materiais de arenas temporárias utilizados para a construção de escolas depois dos Jogos. Minha ideia é não deixar elefantes brancos para os contribuintes, gerar um bom legado. Essa é a direção que pretendo dar aos Jogos”, disse a política. 

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